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Entrevista: Pedidos de falências caem na região de Ribeirão Preto

Confira a entrevista sobre Recuperação Judicial que dr. Eduardo Benini concedeu à Revide no início de 2019.

Especialista explica que o clima incerto, mas esperançoso da economia, prejudica a tomada de decisão com consequente redução na confiança no mercado

Caiu o número de empresas que entraram com pedido de recuperação judicial ou falência na região de Ribeirão Preto. Segundo dados da Junta Comercial do Estado de São Paulo, Jucesp, a região fechou 2018 com 36% menos casos do que em 2017

A redução foi maior do que a média de todo o Estado de São Paulo, que obteve uma redução de apenas 12% no mesmo período. Em todo o país, a queda foi de apenas, 0,8% de acordo com o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações.

Para o advogado especialista em recuperação judicial de empresas, Eduardo Benini, os números apontam para um cenário de incerteza do empresariado. “Não fosse pela lentidão da retomada do crescimento e a incerteza política, o número de recuperação judicial poderia ser um pouco maior, porque se trata de uma decisão complexa e o empresário espera o momento adequado para sua decisão”, comenta Benini.

Segundo o advogado, uma recuperação judicial exige que o empresário pense a longo prazo. Ao apresentar um plano de recuperação, a empresa cria um planejamento com base na projeção de crescimento futuro para que seja possível pagar dívidas passadas.

Com isso, a incerteza na aprovação das reformas, como a da Previdência e a Tributária, pelo governo federal, torna o cenário incerto. “Os empresários fazem o planejamento com base no impacto financeiro que estas reformas podem causar. Por isso, enquanto não resolverem estes assuntos, os pedidos de recuperação judicial ficam comprometidos”, explica Benini.

O especialista aponta que as empresas que mais faliram diante da crise foram as  as micro e pequenas do setor de serviços, alavancadas com crédito bancário. “Os mercados mais fortalecidos, como o setor sucroalcooleiro, por exemplo, puderam se planejar melhor para evitar cenários piores, diferente das menores que encontram até maior dificuldade de crédito”, analisa.

Em Sertãozinho, cidade de forte influência sucroalcooleira, houve redução de 9 para 2 requerimentos, de 2018 em comparação com 2017 respectivamente (77%).

Dados

Em 2017, no Estado de São Paulo foram feitos 591 requerimentos de Recuperação Judicial e Falência, enquanto em 2018, o número foi de 516. Na região de Ribeirão Preto, neste mesmo período a quantidade de empresas ficou em 22(2017) contra 14 (2018). De acordo com o Serasa, em todo país foram 1.459 pedidos de falência em 2018, uma de redução 14,6% no comparativo com os 1.708 requerimentos de 2017.

Entre as cidades com empresas que tiveram requerimentos na região, em 2017 e 2018, estão Cravinhos, Pradópolis, Ribeirão Preto, Sertãozinho, Guariba, Monta Alto, Serrana, Jaboticabal e Santa Rosa de Viterbo. O levantamento da Jucesp mostra que 2019 já começou com pedidos de falência de 2 empresas em Sertãozinho e outras 48 espalhadas por São Paulo.

 

Fonte: Revide

Foto: Ibraim Leão

 

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