Sucessão familiar: pontos fortes e fracos da empresa
15 de fevereiro de 2020
Garantir a sobrevivência do negócio familiar é um assunto frequente para membros de famílias empresárias. Parte do processo de maturação das organizações desta categoria é o planejamento sucessório. O processo pode evitar futuros problemas para os fundadores, diretores e colaboradores, e para própria família. Afinal, proporciona clareza para as relações de trabalho em ambientes que tem interferência de laços afetivos familiares entre pais e filhos, por exemplo.
Para evitar desentendimentos e garantir a sobrevivência do negócio, muitos empresários inserem o planejamento sucessório no escopo de ações. O processo começa com a adoção de regras de governança corporativa para profissionalizar a empresa e distanciar as questões familiares com as empresariais.
O passo inicial é analisar as características da organização, ou seja, definir quais são os pontos fortes e fracos da empresa para garantir a assertividade do processo. Por exemplo, as empresas familiares possuem agilidade na tomada de decisões, pois a liderança do fundador está presente na maioria das definições empresariais.
A presença ativa do fundador dentro do ambiente organizacional também incentiva a lealdade dos colaboradores e proporciona o conhecimento integral do negócio. Além disso, um fator positivo e importante é a disposição de familiares para investir capital próprio ou prestar garantias pessoais para levantar recursos.
Por outro lado, as características negativas da empresa também precisam ser levadas em consideração. A dependência do fundador para a tomada de decisões pode atrasar o processo e representar uma barreira na definição dos vínculos empregatícios e dos próximos passos empresariais.
Em muitos casos, a organização é a única, ou a principal, fonte de recursos financeiros para os familiares. Os familiares tendem a se sentir inseguros diante de qualquer alteração que possa impactar na sua renda e, além disso, podem criar dificuldades para implantação de um plano de sucessão, pelo mero receio de que possa criar uma crise financeira na empresa da família.
A decisão de contratar um profissional sem vínculos com a empresa é uma atitude recomendada para quem deseja iniciar um plano de sucessão, bem como inserir regras de governança corporativa na instituição. Além disso, a clareza sobre o objetivo do plano que será apresentado, bem como a transparência e facilidade na comunicação com todos os interessados, funcionários, sócios e familiares, são pilares importantes na realização deste trabalho.
Leia mais sobre assuntos jurídicos aqui.
0 Comentários