O que muda para os consumidores e “sellers” com a recuperação judicial da Americanas (AMER3)?
30 de janeiro de 2023
A Americanas (AMER3) revelou inconsistências de 20 bilhões de reais em suas demonstrações contábeis, auditadas pela PwC. A divulgação do “rombo” antecipou as investidas judiciais de instituições financeiras, como o BTG, para bloquear linhas de créditos e ativos financeiros da Americanas, que então pediu recuperação judicial no dia 19 de janeiro de 2023.
O que é a recuperação judicial?
A recuperação judicial é um processo que busca evitar a falência da empresa, a partir da renegociação das dívidas em um processo. Durante a sua tramitação, a operação continua em funcionamento, ou seja, os produtos e serviços da Americanas continuam disponíveis ao consumidor, conforme os prazos de entrega e condições comerciais divulgados.
O que muda para os fornecedores?
Os fornecedores, por sua vez, terão os seus créditos anteriores à recuperação judicial pagos conforme o “plano de recuperação judicial”, que geralmente prevê deságio, carência e parcelamento do crédito. Os créditos posteriores à recuperação judicial, contudo, são devidos conforme as condições comerciais negociadas, mas somente podem ser exigidos após o prazo de 180 dias da recuperação judicial (prorrogável por igual período).
O que muda para os “sellers” da Americanas?
Para os “sellers” do marketplace, a Americanas assegura manter o repasse das comissões, sem considerá-los credores. Ocorre que esta situação ainda pode ser alterada, porque a lista de credores pode ser atualizada e, a depender da performance nos próximos meses, submeter a comissão dos “sellers” à recuperação judicial pode ser uma solução jurídica para um problema financeiro.
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